Os afastamentos de trabalhadores por doenças aumentaram 6% em 2018 no Brasil. O valor pago para essa camada da população, como resultado, teve um acréscimo de 9,3%, tudo em comparação com 2017. As informações foram publicadas pela colunista Maria Cristina Frias, da “Folha de S.Paulo” (você tem acesso ao post, na íntegra, clicando aqui).
Ainda segundo a jornalista, mas citando outra fonte, o economista especializado em Previdência Pedro Nery, como houve a criação de 530 mil empregos em 2018, é possível que isso tenha sido responsável pelos aumentos.
Conforme dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, R$ 202 milhões foram concedidos, em 2018, de auxílio-doença como benefício. Em 2017, entretanto, haviam sido R$ 191 milhões.
Contudo, analisando números recentes, nada bate o ano de 2013, quando R$ 304 milhões foram destinados a isso. Veja a evolução no gráfico abaixo, também publicado pela “Folha”, mas com dados da Secretaria.
Os motivos dos afastamentos ainda não foram detalhados. Contudo, quando se olha para 2017, os dados já existem. E, aliás, podem dar uma boa ideia daquilo que tem atrapalhado os profissionais e as empresas no dia a dia…
Causas de afastamentos de trabalhadores em 2017
Como dito, a Previdência ainda não detalhou os motivos que afastaram os trabalhadores em 2018. Enquanto os dados não são revelados (é possível que ainda estejam sendo contabilizados), vale a pena dar uma olhada em 2017 para entender esse cenário.
Afinal, olhando para o histórico dos últimos anos, os afastamentos de trabalhadores vêm passando sempre por razões similares.
Assim sendo, veja a tabela abaixo:
Mas esses números podem ser ainda maiores.
“Há uma sub-notificação muito grande das doenças causadas pelo trabalho no Brasil. Assim, elas representam menos de 2% das comunicações no país e 1% dos óbitos. Para se ter uma ideia, a Organização Internacional do Trabalho estimou que, em 2008, as doenças representaram 86% das mortes relacionadas ao trabalho no mundo. Há, então, necessidade de jogar luz sobre esse assunto”, disse a ex-secretária de inspeção do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego Maria Teresa Pacheco Jensen, em material divulgado pela pasta.
Preocupação é mundial
Afastamentos de trabalhadores por motivos de doença ou acidentes não são uma preocupação apenas do Brasil. Aliás, o mundo inteiro vem estabelecendo cruzadas para combater isso.
Na Inglaterra, por exemplo, a luz amarela está mais do que ligada (e quase mudando para vermelha).
De acordo com o “The Telegraph”, o mais tradicional jornal diário do país, pela primeira vez, casos de ansiedade ou depressão representaram mais da metade dos motivos de afastamentos de trabalhadores.
O número contabilizado de dias perdidos de trabalho no ano fiscal inglês (ou seja, de 1° de abril de 2017 a 1° de abril de 2018) foi de 15,4 milhões.
Ou seja, isso significa que o número de faltas chegou a esse indicador, podendo, claro, uma mesma pessoa tendo faltando mais de uma vez.
Em comparação com o período anterior, portanto, houve um aumento de cerca de 19%.
Se levado em consideração que a Inglaterra contabilizou 26,8 milhões de dias de trabalho perdidos, em geral, por motivos de adoecimento, os casos relacionados à ansiedade ou à depressão representam, então, 57,3%.
Os dados são do comitê que cuida dos assuntos ligados à saúde e segurança do trabalho ligado ao governo britânico.
Em números ainda mais detalhados…
De fato, parece muita coisa, certo?
Mas ainda não conseguiu visualizar bem o que esses afastamentos de trabalhadores significaram para a economia inglesa?
Veja, então, os números abaixo (todos, mais uma vez, de 1° de abril de 2017 até 1° de abril de 2018):
1,4 milhão de pessoas afastadas
600 mil pessoas relatando depressão ou ansiedade (eram 526 mil em 2016/2017)
500 mil pessoas com problemas musculoesqueléticos (40% deles nas costas)
600 mil acidentes não-fatais no trabalho (dessas, 420 mil com afastamento superior a uma semana)
71 mil acidentes não-fatais, apenas, notificados pelos empregadores
144 acidentes fatais no trabalho
Dessa maneira, em custos recentes para a coroa inglesa:
15 bilhões de libras (R$ 74,5 bilhões, na cotação de 4 de março de 2019) foram destinados para benefícios por afastamentos de trabalhadores, mas no período de 2016/2017 (contando casos antigos e novos)
65% desse valor foi devido a doenças adquiridas relacionadas ao trabalho
35% desse valor foi devido a acidentes ligados ao trabalho
Apesar de altos, os números vêm apresentando uma queda.
Afinal de contas, em 2004/2005, chegaram a 18 bilhões de libras (R$ 89,5 bilhões).
“O stress relacionado ao trabalho é uma epidemia que só cresce. Está mais do que na hora de os empregadores e o governo olharem para isso mais seriamente”, disse o secretário-geral da Federação de Sindicatos do Reino Unido, Frances O’Grady.
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Estados Unidos também se preocupam
Mas, como dito, se trata de uma questão mundial. Não apenas os brasileiros e ingleses sofrem com isso. Os americanos, primordialmente, estão atentos aos afastamentos de trabalhadores por questões de saúde ou físicas.
Veja, afinal, a comparação entre os números de 2016 e 2017.
Em 2017, foram contabilizados 1,1 milhão de acidentes não-fatais ocupacionais. Em trabalhadores de tempo integral, representou 98 casos em cada 10 mil profissionais.
Em 2016, os números foram sensivelmente maiores, mas, para a estatística, são praticamente iguais. Foram 100,4 casos em cada 10 mil colaboradores.
Em ambos os anos, o tempo médio de recuperação foi de nove dias.
Voltando a 2017, as áreas que mais sofreram com isso foram as que empregaram pessoas para fazer transporte e movimentação de materiais. Foram 195.800 casos. Nessa “sub-categoria”, diga-se assim, a taxa sobe para 235 a cada 10 mil profissionais.
Mas a categoria que tem a maior proporção de acidentados ou doentes dentre uma população geral é a de trabalhadores que atuam com algum tipo de serviço de proteção: 298 afastamentos a cada 10 mil colaboradores.
Por fim, 5.147 pessoas morreram no trabalho nos Estados Unidos. Na média, mais de 99 por semana – ou cerca de 14 por dia. Desses, 4.674 foram no setor da construção civil.
Os dados são do Departamento do Trabalho do governo americano.
No país, o valor dispensado anualmente para cobrir esses afastamentos de trabalhadores é ainda mais assustador, na casa de US$ 200 bilhões anuais (R$ 756 bilhões).
Prevenção é tudo
Certamente, deu para perceber como isso é um problema no Brasil e no mundo, não é mesmo?
Em vários aspectos, claro. Não apenas no impacto financeiro que afastamentos de trabalhadores causam nas economias do país, mas, principalmente, naquilo que está caindo sobre a saúde das pessoas.
E, acima de tudo, a importância está aí, em cuidar delas e ter a certeza de que estão bem. A partir disso, faltar menos, trabalhar melhor, aumentar a produtividade, diminuir gastos e, consequentemente, gerar mais lucro é tudo consequência.
Por isso, invista pesadamente em uma coisa: prevenção.
Existem muitas maneiras de se fazer isso.
- Entenda o que é possível fornecer para seus colaboradores para que trabalhem melhor. Se estiverem felizes, os índices de adoecimento, principalmente psicológicos, vão diminuir. Acredite: hoje em dia, não são apenas salário e benefícios que contam para a satisfação geral.
- Mapeie e estude quais são os principais motivos que estão levando aos afastamentos dos trabalhadores da sua empresa. Entenda esse cenário para, depois, pensar em planos de ação que minimizem isso.
- É ESSENCIAL fazer uma Análise Ergonômica no seu ambiente de trabalho. ESSENCIAL! Assim, problemas relacionados a isso podem ser detectados, atacados, diminuídos ou até mesmo eliminados.
- Invista na gestão da saúde ocupacional da sua empresa. Isso, definitivamente, NÃO É UM GASTO. Como dito, é um investimento. Tenha certeza: você vai colher frutos e se surpreender com os resultados.
- Mapeie e estude quais são os riscos inerentes à atividade diária dos trabalhadores. Esse é o primeiro passo para evitar acidentes.
E aí? O que acha? Depois de tudo o que foi dito, vale a pena, ou não, colocar esse assunto como uma das prioridades na sua lista do que fazer e implantar na sua empresa para vê-la mais saudável?
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Que tal, então, bater um papinho com a gente para, juntos, entendermos qual a melhor maneira de assessorar a sua empresa e deixá-la longe de problemas devido a afastamentos de trabalhadores?
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